15 anos do Adobe Experience Manager - Uma história

Hoje completam-se 15 anos desde que a Adobe finalizou a compra da Day Software, adquirindo assim o produto que todos vocês conhecem agora como "AEM".

Para todos vocês que (como eu) trabalham com esta plataforma há anos, espero que este post seja uma viagem nostálgica (ou até dolorosa) ao passado, enquanto relembramos por que a Adobe teria comprado a Day e o que mudou (e o que não mudou!) nesses 15 anos.

Comunicado do dia - antes da aquisição pela Adobe

A Day Software era uma empresa sediada em Basileia, na Suíça, que criou o inovador CMS Communique numa plataforma personalizada baseada em sistema de arquivos, mas que mais tarde se transformou no sistema baseado em repositório de conteúdo Java que conhecemos hoje.

A primeira versão do CQ era uma coleção de scripts CGI para o Netscape Enterprise Server (quem já usou esse servidor?), no início dos anos 2000, e foi reescrita como um aplicativo Java para o CQ2. Posteriormente, o servidor HTTP foi separado para o CQ3 (a gênese do CQSE).

Até o CQ4, o conteúdo ainda era armazenado em arquivos no sistema de arquivos local, mas em 2005, com o lançamento do CQ 4.0, houve a mudança do antigo armazenamento em sistema de arquivos "Content Bus" para o repositório "Content Repository eXtreme" (ou CRX) versão 1.0, uma evolução do qual ainda alimenta o AEM hoje - 20 anos depois.

O CQ5 foi uma ATUALIZAÇÃO ENORME e a base do AEM de hoje.

O CQ5 representou uma reescrita quase completa do produto.

Existem diversas funcionalidades e abordagens que podem parecer comuns hoje em dia, mas que foram partes enormes e revolucionárias da plataforma CQ5. Um artigo encantador da CMSwire de 2008 observou: "Enquanto alguns fornecedores de CMS evitam a Web 2.0, pensando que a implosão da Web 2.0 é iminente, Day se concentra nisso intensamente". Quantas pessoas daquela época seriam capazes de definir o que era a Web 2.0? Mas os novos e importantes recursos lançados com o CQ5 essencialmente o transformaram em uma plataforma completamente nova, e a maioria de nós nem consegue imaginar um CQ/AEM sem ele, como:

Embora não seja uma novidade nesta versão, vale a pena mencionar: os níveis separados de autoria e publicação do CQ permitiam que restrições de desempenho ou instabilidade no lado da autoria não derrubassem seu site público, e vice-versa. O fato de o CQ estar baseado nos fundamentos do OSGi e do Sling significava um mecanismo de conteúdo extremamente flexível, capaz tanto de respostas dinâmicas complexas quanto de renderização de páginas, além da possibilidade de integrar funcionalidades complexas em Java para todos os tipos de aplicações que antes precisariam ser executadas em seus próprios servidores de aplicação.

Cronologia dos lançamentos e alterações do CQ

Até a aquisição pela Adobe, o histórico de versões do CQ era o seguinte:

A aquisição da Day Software e da CQ pela Adobe

Em julho de 2010, a Adobe anunciou que iria comprar a Day Software e, com ela, o produto CQ. A Adobe já tinha seu próprio site no CQ nessa época e, considerando seu novo foco em desenvolver uma linha de negócios de tecnologia de marketing, fazia sentido. A Adobe havia acabado de adquirir a Omniture em setembro de 2009 por US$ 1,8 bilhão e a Scene7 em 2007 – portanto, era evidente que a Adobe estava começando a levar a sério algo além de seu negócio de software criativo.

A aquisição pela Adobe foi concluída em setembro de 2010 por 240 milhões de dólares em uma transação totalmente em dinheiro, 7 vezes mais barata do que a empresa pagou pela Omniture - o que, em retrospectiva, foi uma verdadeira pechincha.

Não sei quanto a vocês, mas eu me lembro exatamente onde estava quando o acordo foi anunciado. Eu estava no meio da transmissão do CQ 5.2 para a AARP na época (eles estavam no CQ desde o CQ 4.2). Naquela época, para mim, o CQ era uma mistura de "grande dor de cabeça" e "será que é para isso que o CMS está caminhando?". Considerando que ainda estávamos tentando descobrir quais serviços deveriam permanecer no JBoss e quais poderiam ser executados com a mesma facilidade no CQ5, agora que o CQ possuía uma estrutura de servidor de aplicativos Java tão robusta.

Mas AGORA FOI COMPRADO PELA ADOBE?? Isso mudou completamente minha perspectiva sobre se deveria ou não continuar investindo tempo aprendendo CQ5, porque, obviamente, com a Adobe por trás, era provável que tivesse potencial para se consolidar. E funcionou mesmo!

A marca "Day Software" dentro do aplicativo foi alterada pouco depois para "Adobe CQ", embora todo o resto tenha permanecido praticamente igual.

Renomeação para "Adobe Experience Manager"

A Adobe sabia que o nome "CQ" não duraria para sempre, então tentou algumas mudanças de marca que acabaram não dando certo, primeiro chamando-o de "Adobe WCM" e depois de "Web Experience Manager" por um tempo, antes de finalmente optar por "Adobe Experience Manager". Foi durante o lançamento da versão 5.6 que a tela de login mudou, e agora você via "Adobe Experience Manager" ao entrar no CQ.

Sobre o autor

Tad Reeves

Arquiteto Principal na Arbory Digital

Tad é bicampeão do AEM e lidera a área de AEM da Arbory Digital. Tad começou a trabalhar com o CQ5 em 2010 com o Day CQ 5.2 e está na área de CQ/AEM desde então. Ele possui vasta experiência em infraestrutura de websites, que remonta a 1996, e já desempenhou praticamente todas as funções na entrega de websites, desde arquitetura de soluções até gerenciamento de produtos.

Quando Tad não está trabalhando (e às vezes até quando está), ele gosta de andar de bicicleta nas montanhas e explorar a natureza com sua esposa e seus 3 filhos.

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